
Casa-se, em 1812, com Francisco Bosco. Francisco tem 27 anos, é viúvo, com um filho de três anos, António, e tem a mãe doente aos seus cuidados. No ano seguinte nasce José e em 1815 João (o futuro Dom Bosco). Juntos transferem-se para os Becchi, distrito de Castelnuovo d'Asti.
Em 1817 Francisco morre atingido por uma pneumonia. Aos vinte e nove anos Margarida vê-se enfrentando sozinha a condução da família num momento de grande carestia, assistindo a mãe de Francisco, António e os pequenos José e João. Margarida era uma mulher de grande fé. Deus estava sempre acima de todos os seus pensamentos e sempre em seus lábios.
O amor do Senhor era tão intenso que formou nela um coração de mãe. Sábia educadora, soube conjugar nela paternidade e maternidade, doçura e firmeza, vigilância e confiança, familiaridade e diálogo, educando os filhos com amor desinteressado, paciente e exigente. Atenta à vida deles, confia nos meios humanos e no auxílio divino. Acompanha o crescimento de três garotos de temperamento muito diferentes com os mesmos critérios mas com métodos diversos. Ensina-lhes o catecismo e prepara-os para se aproximarem da primeira comunhão.
Tendo ouvido o sonho de Joãozinho aos nove anos, é a única que consegue lê-lo à luz do Senhor: "Quem sabe, tu devas ser sacerdote". Permite-lhe então que fique com outros garotos pouco recomendáveis, para que, com ele, se comportem melhor. A hostilidade de António em relação aos estudos de João obriga-a a afastar o filho menor para que possa estudar. Haverá de acompanhá-lo até à ordenação sacerdotal. Naquele dia pronunciará algumas palavras que ficarão no coração de Dom Bosco por toda a vida. Quando, em 1848, Dom Bosco fica gravemente doente, Margarida vai assisti-lo descobrindo o bem que faz pelos jovens abandonados.
Ao pedido para acompanhá-lo, responde assim: "Se acreditas que essa é a vontade do Senhor, estou pronta a vir". A presença de Mamãe Margarida transforma o oratório numa família. Por dez anos a sua vida se confunde com a do filho e com os inícios da Obra salesiana; é a primeira e principal cooperadora de Dom Bosco; torna-se o elemento materno do sistema preventivo; é, sem o saber, "co-fundadora" da Família Salesiana.
Morre em Turim, atingida pela pneumonia, no dia 25 de Novembro de 1856 aos 68 anos. Acompanham-na ao cemitério muitos jovens, que a choram como se chora por uma Mãe. Gerações de salesianos a chamaram e a chamarão de Mamãe Margarida.
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